Como ganhar intimidade com uma Terra viva, ativa e criativa e aprender a dar atenção às catástrofes antropogênicas e capitalizadas que a atingem? Essa é uma das questões que A Carne de Gaia mobiliza e que faz pensar na urgência de criar mundos habitáveis desde dentro das ruínas.

Beá Meira é artista visual, arquiteta formada pela FAU-USP e autora de materiais didáticos de arte para o ensino básico.  A exposição traz desenhos, litogravuras, pinturas, mukolitos, tapeçarias e cadernos de artista reunidos em um projeto que nasce de uma vivência no Rio Negro. Beá diz que o que define a exposição é “o fazer junto, a força do coletivo”, um coletivo feito de gentes, terras, céus, mares, rios, plantas, animais, artes e ciências, que se reúnem para fazer frente à exploração e destruição das florestas. 

A exposição tem curadoria de Susana Oliveira Dias, artista e pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e participação das artistas indígenas Rayane Barbosa Kaingang, Larissa Ye´pa e Claudia Baré. Susana ressalta que a exposição é um “caderno de contabilidade fabulado, que não se recusa a medir, mas que interroga suas perspectivas colonialistas, tecnocráticas, gerenciais e modernizadoras”.  

A exposição segue aberta até dia 29 de junho e poderá ser visitada de forma gratuita de quarta a sábado das 15h às 19h. Escolas e grupos interessados podem agendar visitas através do email pavaocultural@gmail.com. A Revista ClimaCom, a Proec Unicamp e a Fapesp apoiam a exposição.  

Serviço:
A Carne de Gaia
Instituto Pavão Cultural – Rua Maria Tereza Dias da Silva, 708 – Cidade Universitária – Barão Geraldo – Campinas SP
Visitação gratuita de 4 de maio a 29 de junho de 2024.