O Instituto Maurício Nogueira Lima, com o apoio do PROAC Editais, inaugurou no Instituto Pavão Cultural em Campinas com entrada franca, o ciclo de exposições “Maurício Nogueira Lima: Forma e Cor” que percorreu quatro cidades do Estado de São Paulo, ao longo de 2022. Foram expostas serigrafias produzidas entre as décadas de 1970 e 1990, além de outras peças documentais do acervo do artista. 
Durante o período da exposição também foi realizada uma conversa aberta com a curadora da mostra, Stela Politano, e o arquiteto e professor Yuri Quevedo, sobre o tema da exposição.

Maurício Nogueira Lima (Recife, PE, 1930 – Campinas, SP, 1999) foi arquiteto, pintor, desenhista, artista gráfico e professor universitário. Sua obra transita entre a pintura e a comunicação visual, construindo trabalhos a partir da abstração geométrica, da experimentação das cores e das imagens que percorrem os meios de comunicação de massa. Foi o mais jovem integrante do Grupo Ruptura, que reuniu, em São Paulo, artistas abstratos geométricos no início da década de 1950.
A partir dos anos 1960, Maurício Nogueira Lima passou a utilizar a serigrafia com o objetivo de atingir um público mais amplo com sua linguagem concreta. A serigrafia, para Maurício, era como um exercício, uma forma de reproduzir esse tipo de arte de uma maneira mais acessível (mais barata) a um público maior, incluindo setores de classe média, até então à margem desse mercado. As serigrafias abstratas que compõem a exposição são muito pouco conhecidas hoje, principalmente por terem sido realizadas sobre papel. Para Maurício Nogueira Lima elas são, antes de tudo, exercícios de pensar as formas.

A exposição Forma e Cor ficou em cartaz no Instituto Pavão Cultural do dia 21 ao dia 18 de junho.