“Esta mostra se propõe reunir obras de um conjunto de artistas numa abordagem específica que vislumbre um pequeno segmento do que é produzido na arte brasileira. A exposição foi pensada e se apresenta como um dos recorte possíveis dentro de inúmeras produções que divisamos na atualidade, distintas tanto nas investigações poéticas quanto nas questões técnicas e de materiais utilizados. Os enfoques das obras expostas são desiguais denotando um ecletismo sem estéticas preponderantes, sem cânones ou padrões estabelecidos.

Além do fato de serem mulheres artistas, todas demonstram qualidades intrínsecas, contrapondo jovialidade e experimentação com maturidade e sabedoria formal. Cada uma delas, a sua própria maneira, apresenta em sua produção qualidades explícitas, respondendo à questões poéticas da atualidade. O individual refletindo o universal e reverberando no coletivo, proporcionando obras sensíveis, contundentes, instigantes e inovadoras.”

Sergio Niculitcheff, 2020.


Ana Calzavara

Bacharel em Artes Visuais pelo IA Unicamp, pós-graduada (Pintura) pela Byam Shaw School of Art, Londres , mestre (2006), doutora (2012) e pós-doutora (2018) em Poéticas Visuais pela ECA/USP. Foi uma das fundadoras do Ateliê Piratininga, um dos primeiros ateliês coletivos de São Paulo. Suas obras participam de acervos do Museu do Douro, Portugal; Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS); Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC-RS); Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC-PR); Museu de Arte Contemporânea de Santo André, SP; Universidade de São Paulo (USP) e do Museu Olho Latino, Atibaia, SP.

Mais um passo e se desfaz. Óleo sobre tela, 2016-2019.

Fernanda Pupo

Artista Plástica, atualmente mestranda no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais na Unicamp, SP, Pós-Graduada em Propaganda e Marketing na ESPM, SP, Graduada em Comunicação Social na PUCC, SP. Especialização em Artes Visuais pela Unicamp e Tote Espaço Cultural. Participou das exposições coletivas no Tote Espaço Cultural, em Campinas, “Impressões” (2019) no Subsolo, Campinas, na exposição “Matrix 20 anos” no Centro Cultural IEl, Unicamp. Realizou também exposições individuais “DELFIM” no Centro de Convenções, no CECOM, na Casa do Lago (2018), Unicamp, SP. Realizou o Concept Art e performance “Fragmentos de Lavínia” (2019) no Centro Cultural no IEl, Unicamp, Campinas, SP, entre outros.

Sem título. Carvão e tinta acrílica sobre papel, 2019.

Júlia Goeldi

É Bacharel em Poéticas Visuais na área de gravura pela Universidade de São Paulo. Em 2019 conclui o mestrado na Universidade de São Paulo/USP na área de Poéticas Visuais com aprofundamento na técnica água tinta. Atualmente seu processo se desenvolve essencialmente através da técnica água tinta.

Júlia Stradiotto

É artista visual, vive e trabalha em Americana-SP. Graduada em artes visuais pela Unicamp (2011-2016) e mestranda em artes visuais pela Unicamp (2019), complementou seus estudos com um intercâmbio para a Universidade do Porto (2015). Desde 2012, participa de exposições coletivas nacionais e internacionais. Atualmente é, também, professora do ensino fundamental em Americana.

Série Casquinha I, II, III. Carvão e tinta acrílica sobre papel, 2019.

Lilian Walker

É artista visual, vive e trabalha em Campinas-SP. Possui graduação e mestrado em Artes Visuais pela Unicamp, tendo complementado seus estudos em um intercâmbio na Universidade do Porto (2015). Atua na área de educação artística e desenvolve uma pesquisa teórico-prática sobre as relações poéticas entre corpo e paisagem envolvidas no seu trabalho artístico.

Humosa, da série Crosta. Tinta óleo e impressão fotográfica em tela, 2018.

Luise Weiss

Gravadora, pintora, fotógrafa, professora. Gradua-se em artes plásticas, em 1977, pela ECA/USP, Em 1990 é agraciada com a Bolsa Vitae pelo projeto Fragmentos. Mestre, em 1992, pela ECA/USP, conclui o doutoramento em 1998, na mesma universidade, com a tese Retratos Familiares: in Memorian. Em 2001 vai para a Áustria, terra de seus antepassados, e munida de fotografias antigas e fotografa alguns dos locais onde eles viveram. Realiza pinturas com base nessas fotografias, expostas em 2004. Em 2002 retoma o contato com a tia-avó Clara Weiss, que lhe fornece mais fotografias de família para a execução de suas obras. Começa, em 2003, a preparação do projeto de sua livre-docência na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, onde desde 1997 é professora de gravura e desenho.

Lygia Eluf

É graduada em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da USP (1982), obtém o grau de mestre (1992) e o grau de doutor (1998) na área de Artes Poéticas Visuais na mesma escola, sob a orientação de Regina Silveira. É professora livre docente no Instituto de Artes da UNICAMP (A construção da paisagem, 2004) onde atua desde 1989 nas disciplinas de desenho e gravura. Já realizou dezenas de exposições individuais pelo país e no exterior. Cria e implanta, em 1997, o Centro de Pesquisa em Gravura do Instituto de Artes da UNICAMP. Organiza em 1990 o Departamento de Pesquisa em Livros Raros e Gravuras na Livraria Corrêa do Lago, São Paulo. Pesquisadora (1980-1990) Equipe Técnica de Pesquisas em Arte Brasileira Contemporânea, IDART, SMC, São Paulo. Coordenadora (1985-1990) Equipe Técnica de Pesquisas em Arte Brasileira Contemporânea, Centro Cultural São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo.

Maria Bonomi

1935 Itália. Emigrou para o Brasil em 1946, fixando-se em São Paulo. No início da década de 1950, estudou pintura e desenho com Yolanda Mohalyi e Karl Plattner (1919-1989). Em 1954, inicia-se na gravura, com Lívio Abramo. Realizou sua primeira exposição individual em 1956, na cidade de São Paulo. Realizou sua primeira exposição individual em 1956, também na cidade de São Paulo. No mesmo ano, recebe uma bolsa de estudos da Ingram-Merrill Foundation e estuda no Pratt Institute Graphics Center, em Nova York. Paralelamente, na Columbia University, estuda gravura e teoria da arte. A partir dos anos 1970, passa a dedicar-se também à escultura. Produz também grandes painéis para espaços públicos. Em 1999, defende sua tese de doutorado Arte Pública. Sistema Expressivo/Anterioridade,  na ECA/USP.Em 2001, foi agraciada com a comenda da Ordem do Rio Branco e, em 25 de outubro de 2010, recebeu a Ordem do Ipiranga, no grau Grande Oficial, pelo Governo do Estado de São Paulo.

Natália Gregorini

Nasceu em Rondônia, em 1990. Trabalha com ilustração. O seu maior encantamento é contar histórias com imagens. É formada em Artes Visuais pela Unicamp, onde também realizou a pesquisa de mestrado em poéticas visuais em que pesquisou o processo de criação do livro ilustrado Madalena, do qual se originou o presente trabalho de instalação, “memória corpo casa”.

Paula Almozara

é artista visual, pesquisadora e professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Mestrado. Concluiu o Doutorado em Educação na área de Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte pela Universidade Estadual de Campinas em 2005. Realizou Mestrado em Artes Visuais pela Unicamp, onde desenvolveu trabalho poético visual e pesquisa sobre a história do desenho. Possui diversas publicações de álbuns e livros de artista e também exposições de artes visuais com ênfase em procedimentos gráficos, fotografia, vídeo e instalação. Atua na área de Artes em Poéticas Visuais Contemporâneas. Recebeu o Prêmio Brasil Fotografia 2014 – Bolsa Desenvolvimento de Projeto com o trabalho ‘à margem’.

Paula Chimanovitch

É artista plástica e graduou-se em Artes Visuais pela Universidade Estadual de Campinas, Unicamp. Nasceu em Brasília – DF, mas morou a vida inteira no Estado de São Paulo. Parte na capital, parte em Campinas. Atualmente tem uma produção que transita entre os campos da pintura, desenho, monotipias e a criação de livros de artista.

Renina Katz

Pedreira MG, 1925. Gravadora, desenhista, ilustradora, professora. Cursa a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), no Rio de Janeiro, entre 1947 e 1950. Licencia-se em desenho pela Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil. Inicia-se em xilogravura com Axl Leskoschek (1889-1975), em 1946. Incentivada por Poty Lazzarotto (1924-1998), ingressa no curso de gravura em metal, oferecido por Carlos Oswald (1882-1971) no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Muda-se para São Paulo em 1951, e leciona gravura no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e, posteriormente, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), até a década de 1960. Em 1956, publica o primeiro álbum de gravuras, intitulado Favela. A partir dessa data, é docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permanece por 28 anos.

Rochelle Costi

nasceu em Caxias do Sul, 1961. Fotógrafa e artista multímidia. Forma-se em comunicação social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), Porto Alegre, em 1981. Permanece seis meses em Belo Horizonte, e freqüenta ateliês de arte na Escola Guignard e um curso de extensão sobre processos fotográficos do século XIX na UFMG. De volta a Porto Alegre, faz instalações com fotografias e objetos que coleciona. Em 1983, realiza a mostra individual Tentativa de Vôo, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs) e, a partir de então, expõe em outros Estados do Brasil. Nessa época, atua como fotógrafa de teatro e música. Em 1988, muda-se para São Paulo, onde trabalha com fotografia editorial. Vive em Londres, entre 1991 e 1992, período em que estuda na Saint Martin School of Art e na Camera Work. Participa da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1998, e das 6ª e 7ª Bienais de Havana, em 1997 e 1999, entre outras mostras internacionais. Em 1997, recebe o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e, três anos depois, a Bolsa de Artes da Fundação Vitae.

Sylvia Furegatti

artista visual e curadora vive e trabalha em Campinas. Sua produção artística direciona-se para ações e intervenções na paisagem, além de instalações e objetos que se vinculam à suas pesquisas docentes como professora da área tridimensional no Instituto de Artes da Unicamp. É membro fundadora do Pparalelo de Arte Contemporânea de Campinas. Professora do Departamento de Artes Visuais e do Programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Unicamp, atualmente ocupa o cargo de Diretora do Museu de Artes Visuais MAV Unicamp. Tem seus trabalhos em coleções públicas e particulares tais como: SESC SP; MAC Campinas, MAV Unicamp, MAC Americana, dentre outros. 

Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, em 1904. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu a pintora Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro de 1922) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, e os escritores Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris. (Fonte: http://tarsiladoamaral.com.br/biografia/)

Garimpeiro. Gravura em metal, 1972.

Vania Mignone

Campinas, 1967. Pintora e gravadora. Gradua-se em publicidade e propaganda pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), São Paulo, em 1989. Decide-se por iniciar outra graduação, em educação artística, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Inicia a atividade em artes visuais com xilogravuras que expõe em coletivas, como a Mail Art Exhibition, na Espanha, em 1990. Conclui a segunda graduação em 1994, e no mesmo ano, recebe o prêmio estímulo da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas. Ministra curso livre de arte para crianças e adolescentes, atividade que mantém paralela à produção artística. Em 1995, realiza a primeira individual na galeria da Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro, e no Centro Cultural São Paulo (CCSP). Entre 1997 e 2000, conquista diversos prêmios, como o da Bienal Nacional de Santos e prêmio aquisição do Projeto Abra/Coca-Cola de Arte Atual.


mediação virtual: proximidades desiguais 

material de apoio para professores de artes

Em Março abrimos a exposição Proximidades Desiguais, uma mostra coletiva de 16 mulheres artistas com curadoria de Sérgio Niculitcheff.
No vídeo de nosso canal do Youtube você poderá conferir nossa visita mediada virtual com informações e interações propostas a partir das obras. 

Nossa Arte Educadora Paula Monterrey preparou um material educativo da exposição Proximidades Desiguais voltado para o público escolar, Fundamental II, Médio e EJA.
Caso você seja educador e tenha interesse em utilizar esse material em sala de aula, acesse também nosso material de apoio ao professor.

Ficha Técnica 

Proximidades Desiguais
Curadoria: Sergio Niculichef
Expografia e montagem: Pavão Arquitetura e Expografia Ltda e Juan Castro
Desenho Gráfico e Programação Visual: Pavão Arquitetura e Expografia Ltda e Amanda Erler
Projeto Educativo: Paula Monterrey
Assistente Educativo: Laura de Melo Andare
Assessoria de Imprensa: Sammya Araujo
Fotos: Gabriella Zanardi, Mario Braga.